quinta-feira, 23 de maio de 2013

Algumas pessoas, principalmente as mulheres (ok, homens também, não sejamos machistas) sempre choram no final do filme quando o mocinho, às lagrimas, pede perdão a sua amada. Tem aqueles também que são acometidos de uma sede espontânea ao assistir aquele sedento comercial de refrigerante ou cerveja. Isso sem contar que toda vez que alguém boceja perto de nós acabamos bocejando também. Mas por que isso acontece?

A resposta é simples, e a causa são os neurônios espelho. Esta é uma teoria bem recente do campo da psicologia, observado primeiramente em primatas. Através de testes, foram identificados certos padrões comportamentais em que as cobaias repetiam uma mesma ação através de um estímulo similar. Como por exemplo, abrir uma caixa de cor especifica de acordo com o toque de uma campainha própria.
Mas não é de hoje que a propaganda faz uso dos neurônios espelho, mesmo que na época não existisse um nome tão legal. E uma forma bem eficiente de vincular um anúncio a uma determinada ideia é através do uso do Storytelling. Por exemplo, para quem se recorda, nos anos 90 era comum ao comprarmos um produto mais barato e que não fosse de uma marca líder nos justificarmos dizendo que “não é nenhuma Brastemp, mas...”.



É bem curioso como todo um processo mercadológico possa ser vinculado à ideia de uma única marca. A Pepsi tem tentado fazer isso há bastante tempo, e bem recentemente com a campanha do “pode ser”. Outro exemplo de Storytelling que nos fazem remeter diretamente a alguma coisa é a campanha de Natal da Bauducco. Além do “já é Natal na Leader Magazine”, as peças de fim de ano da Bauducco sempre me fizeram pensar como o tempo voa e que já estávamos em dezembro.



Além de produtos ou datas comemorativas, alguns usos dessa técnica podem nos fazer vincular ideias ou até mesmo sentidos sensoriais, como a audição nesse caso. Por muitos anos sempre que eu ouvia a música Fake Plastik Trees da banda inglesa Radiohead eu a imaginava como a “música do Carlinhos” por causa desse comercial.



Este vídeo recebeu vários prêmios e até hoje é exemplo de Storytelling em uma época em que nem se falava tanto disso. Penso que toda marca gostaria de ser lembrada de alguma maneira, seja por uma frase marcante, um jingle, uma cor. Aliás, essa é a meta de qualquer propaganda, criar uma identificação direta entre o produto e seu publico alvo. E mais uma vez o Storytelling prova-se como uma alternativa eficaz para tal.

Texto: Thiago Almeida

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